Paulo Batista Gomes

Paulo Batista Gomes

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

CANUDOS, ELDORADO DOS CARAJÁS E PINHEIRINHOS, VOCÊ TEM DUVIDAS DA EXISTÊNCIA DE UMA GUERRA DE CLASSES?

CANUDOS, ELDORADO DOS CARAJÁS E PINHEIRINHOS, VOCÊ TEM DUVIDAS DA EXISTÊNCIA DE UMA GUERRA DE CLASSES?

A região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social.

Milhares de sertanejos e ex-escravos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores.

Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.

Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos.

Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos.

Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.

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